domingo, 30 de dezembro de 2012

Capitulo 4 - Coração Aberto

-- (Kate) --

Peguei na minha mala e esperei pelo Alex que tinha ido á casa de banho. Assim que o vi sair do pequeno corredor que dava acesso aos Wc aprecei o passo e dirigi-me a ele.

- Está tudo bem? – Perguntou percebendo que se passava algo.

- Não sei. A minha irmã não parece bem, vou saber o que se passa. Tenho mesmo de ir. – Respondi um pouco triste.

- Oh… Pensei que ficasses mais um pouco. – Disse o Alex desanimado, agarrando-me pela cintura.

- Desculpa, sabes que eu não me importava de ficar, mas a minha irmã não está bem, e eu não ia ficar aqui descansada, desculpa.

- Não faz mal, eu compreendo. – Disse beijando-me apaixonadamente o que me deixava K.O. – Espero que não seja nada de grave.

- Eu também. Obrigada pela noite. – Voltei a beija-lo.

- Vemo-nos amanhã?

- Claro. – Sorri, e demos um último beijo. Aprecei o paço até há porta.

-- (Sarah) --

Sai do bar desejosa de acabar aquela noite, e voltar para o hotel o mais depressa possível.

- Não te vais já embora por minha causa pois não? – Perguntou o Pedro seguindo-me até há rua.

- Não… Achas… Não! Nada disso… - Disse nervosa. – Eu estou cansada, é só isso.

- Hum… - Disse não lá muito convencido. – Então espera, que vou só pegar o casaco e vou contigo.

- Não é preciso!

- Eu acompanho-te ao hotel, é na boa. Não quero que vás sozinha.

- É na boa a Kate já deve estar aí a aparecer… - Dito isto ela apareceu. Agradeci a Deus por tê-la feito aparecer na hora H.

- Desculpem a demora, mas estava-me a despedir… Já aqui estou! Vamos?

- Não tem mal. Sim vamos. – Entrelacei o braço da Kate ao meu e comecei a andar.

- Boa noite Pedro. - Disse-lhe a Kate, acenando-lhe.

Chegamos ao Hotel, subimos sem fazer muito barulho e entramos no quarto. Pousei a mala para um canto e retirei o casaco mandando-o para cima da cama.

- Já me vais contar o que é que se passou? Vieste o caminho todo calada, Estou preocupada, não costumas ser assim.- Disse a Kate surpreendida.

- Eu e o Pedro estivemos a falar e ele disse que me amava.- Disse eu super envergonhada.

Tentou conter o riso mas não conseguio.

- Não gozes, achas que tem piada.- Disse um pouco chateada.

- Eu já sabia, aliás eu sempre soube.- Disse a Kate ainda entre risinhos.

- Como!?- Disse eu surpreendida.

- Primeiro, ele estava sempre mais tempo contigo, Segundo os ciúmes, e terceiro a mulheres percebem essas coisas maninha.- Disse a Kate mais séria.

- Vá vamos dormir que já é muita informação para hoje.- Disse eu confusa.

Foi vestir o pijama á casa de banho enquanto a Kate ficou a pendurar os casacos nos armários. Passado um pouco saio, e ela entra para se vestir.

- Good night, Sarah.- Disse a Kate a entrar dentro da cama e a pousar a cabeça na almofada.

- Boa Noite para ti também maninha.- Disse apagando a Luz.

Deitei-me a pensar no Pedro, mas entre pensamentos acabei por adormecer.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Capítulo 3 - Amor não Correspondido


-- (Kate) --

Todos conversávamos alegremente quando começou a tocar uma música do agrado de todos nós.

- Kate… - Chamou-me o Alex. - … Queres ir dançar?

- Eu?! – Senti-me a corar ligeiramente. Olhei para a minha irmã sem saber o que responder, mas esta limitou-se a encolher os ombros deixando-me na mesma. Acabei por aceitar. – Hum… Ok. 

Ele estendeu-me a sua mão e eu agarrei-a, fazendo-me levantar da cadeira.

- Não vais dançar Sarah? – Perguntou-lhe o Mário animado, enquanto abanava a sua cabeça ao som da música.

- Ah… Não… Não tenho lá muito jeito… - Disse a Sarah.

- Anda! Eu ensino-te! – Insistiu estendendo-lhe a mão.

- A sério, deixa estar. Vai tu. – Sorriu-lhe nervosa.

- Oh anda lá… - Pediu já agarrando no braço da Sarah tentando levantá-la.

- Não a ouviste?! Ela não quer ir, não insistas! – Disse o Pedro impaciente.

- Pára de ser cota meu! E não te metas, isto é entre mim e ela… Vem lá Sarah… Só esta! – Disse uma última vez, desta vez levantando a Sarah e arrastando-a para a pista de dança. 

Depois daquela música a Sarah e o Mário foram se sentar, enquanto eu e o Alex continuamos na pista de dança, já com uma música mais calminha, ele pôs as mãos na minha cintura e eu os meus braços sobre os seus ombros, passado um bocado começamo-nos a aproximar tanto que eu conseguia sentir a respiração dele perto de min, passados alguns segundos demos um beijo longo e profundo, parecíamos estar só eu e ele naquela pista de dança. Senti que a Sarah, o Pedro, e o Mário nos olhavam atentamente.

- Nem acredito que nos beijamos. - Disse eu.   

- Porquê, não gostaste? - Perguntou um pouco triste.

- Claro que gostei, não sejas parvo. – Respondi com um sorriso tímido, dando-lhe um outro beijo, fazendo-o esboçar um sorriso.

- Mas sabes que isto não é para sempre, daqui a uns dias volto para Portugal. - Disse voltando a tirar-lhe o sorriso da cara.

- Hum… ok. - Disse um pouco triste podia-se notar no olhos dele.

Continua-mos a dançar agarradinhos um ao outro para aproveitarmos cada minuto que aquela noite tinha para nós.

-- (Sarah) --

O Mário foi pedir outra cerveja deixando-me a sós com o Pedro. Antes de o Mário voltar, o Pedro levantou-se dirigindo-se á casa de banho. Nisso volta o Mário que se senta numa cadeira vaga a meu lado. 

- Então babe… Já te cansaste?

- Um pouco, mas vai tu, e aproveita. Diverte-te.

- Eu até ia, mas sem ti não tem piada. – Dizia ele chegando-se a mim.

- Oh, não digas disparates.

- Não são disparates, é a verdade! – Cada vez se ia aproximando mais. Começou a inclinar o seu corpo sobre o meu, o que me estava a deixar desconfortável. Entretanto aparece o Pedro que não achou muita piada a aproximação que o Mário tinha sobre mim naquele momento e reparou que eu também não estava a achar piada, e entreviu. 

- Já é a 2ª hoje, qual é o teu problema, meu? – Disse o Mário chateado.

- Não vês que a estás a chatear… Anda Sarah… - Disse o Pedro puxando-me pelo braço para fora do bar.

- Porque é que fizeste aquilo, eu sei-me defender sozinha! - Disse largando-me do Pedro, já na rua.

- Tu ainda não percebeste, pois não... - Disse o Pedro indignado levando as mãos há cabeça.

- Mas perceber o quê?! Pedro, nós já nos conhecemos há anos e eu nunca conheci esta tua versão… Esta noite estás estranho, aliás, demasiado estranho… Podes-me explicar o que se passa?! 

- Não gostei da maneira como ele te estava a tratar…

- Eu sei que não é só isso, fala comigo Pedro. – Comecei a ficar preocupada.

- Eu gosto de ti desde que me lembro. - Disse o Pedro ficando envergonhado.

- Sim… Eu também gosto muito de ti…

- Espera… Deixa-me terminar. – Interrompeu-me lançando um suspiro. – Mas já de algum tempo para cá que deixei de te ver só como uma irmã…

- Pedro… O que é que queres dizer com isso?! – Comecei a ficar confusa. Achava que já estava a perceber onde ele queria chegar com toda aquela conversa, apesar de não estar a gostar muito, pois ele para mim era como um irmão, o irmão que eu e a Kate nunca tivéramos. Não queria que a nossa amizade acaba-se por causa disto.  

- Ainda não percebes-te… EU AMO-TE SARAH. - Disse aumentado um pouco mais o volume da sua voz.

- Eu acho que devia ir ver da Kate… - Tentei mudar de assunto, desorientada, preparando-me para voltar a entrar no bar. Quando o Pedro me puxa para ele. 

- Eu sei que não devia ter dito isto, desculpa. – Disse ele baixando a cabeça envergonhado.

Levei a minha mão á sua cara fazendo-lhe uma pequena festa no seu rosto. Elevei-lhe o seu olhar fazendo-o ir de encontro ao meu.

- Não tens de pedir desculpa Pedro. – Mordi o lábio. – Essas coisas não se escolhem… Simplesmente acontecem… - Voltei a morder o lábio, desta vez quem baixou a cabeça envergonhada fui eu.

- Mas eu não quero que isto atrapalhe a nossa amizade, a sério Sarah, eu gosto de mais de ti para te perder de qualquer maneira. – Parecia desesperado.

- Calma… Ninguém vai perder ninguém. – Fiz-lhe um sorriso simpático. – Conhecemo-nos desde que me lembro, já nada nos separa. Aconteça o que acontecer em primeiro somos amigos, certo?

- Hum… certo. – Disse com falhas na voz. Abracei-o.

- Desculpa Pedro. – Disse triste, com a minha cabeça no seu pescoço.

- Porque estás a pedir desculpa? – Perguntou abraçando-me com força. Senti-me bem.

- Porque… Porque eu juro que gostava de gostar de ti como tu gostas de mim. Tu és incrível, sempre estiveste lá para mim e para a minha irmã, sempre fizeste tudo por nós, … mereces ser feliz, … eu quero que sejas. – Não aguentei a tristeza e comecei a chorar abraçada a ele, dizendo já as ultimas frases entre soluços.

- Não chores… - Pedia-me ele passando a sua mão pelos meus cabelos. – Eu sou feliz. Tenho as melhores amigas do mundo, estou em Londres, o que posso pedir mais?

- Alguém que te ame como tu mereces.

- Eide encontrar, a vida não acaba hoje. Eu não te posso obrigar a gostares de mim, nem quero, se alguém tiver de gostar que seja por ela, e não por obrigação.

- Porque é que és tão perfeito?! Odeio só te conseguir ver como um irmão. – Abracei-o ainda mais forte.

- Oh minha tontinha… - Ele sorriu. – Vamos mas é aproveitar a noite, sim? – Disse desencostando-me dele, passando os seus dedos pelas minhas lágrimas. Esforcei-me para retribuir um sorriso. Eu percebi que ele não estava bem, que se estava a fazer de forte mas no fundo se sentia magoado. Não sabia o que fazer. Decidi esperar pelo dia de amanhã e ver como as coisas iriam correr.

Voltamos para o bar que continuava muito animado.

-- (Kate) --

- Estava a ver que nunca mais! Onde é que se meteram? – Perguntei preocupadíssima assim que Sarah e o Pedro entraram no bar.

- Fomos só lá fora apanhar ar, já cá estamos. – Respondeu-me a Sarah.

- Não voltem a fazer isso! Fiquei preocupada, pensei que me tinha deixado aqui sozinha, num bar de Londres, onde não conheço nada…

- Sim… sozinha… - Brincou o Pedro fazendo um olhar malicioso, percebi que se estava a referir ao Alex. Corei. 

- Não faças dramas, tu desenrascavas-te bem. – Disse-me a Sarah muito secamente indo em direcção há nossa mesa. Fui atrás dela.

- Ei?! Passou-se alguma coisa?

- Mais ou menos, falamos no hotel, pode ser? – Disse meio abatida. 

- Estiveste a chorar Sarah? – Comecei a ficar seriamente preocupada.

- A sério, falamos quando chegarmos ao hotel. – Voltou a dizer, desta vez já com o casaco vestido. – Para mim a noite já acabou, vou indo.

- Espera, dá-me 5 minutos que eu vou contigo. – Pedi-lhe.

- Ok, espero-te lá fora.

domingo, 2 de dezembro de 2012

Capítulo 2 - Paixão à Vista



-- (Sarah) --

Eram 7h15 quando começo a ouvir: 



Era o som do meu despertador. Deixei-me ficar mais 5 minutos e decidi levantar-me. Fui acordar a Kate que dormia profundamente.

- Kate… - Chamava-a enquanto lhe abanava o braço. – Mana…

- Hã… Que é… - Resmungava ela debaixo dos lençóis. 

- Tens de te levantar, que temos de estar lá em baixo às 8h para o pequeno-almoço. Vou tomar banho, quando eu sair vais tu. 

Escolhi a minha roupa e levei-a para a casa de banho. Tomei um duche rápido e em 15 minutos estava despachada.


Roupa utilizada pela Sarah

Saí do quarto e a minha irmã continuava debaixo dos lençóis, voltei a chama-la. Depois de várias tentativas lá se levantou e se dirigiu à casa de banho.


Roupa utilizada pela Kate

Pouco tempo antes das 8h estávamos ambas despachadas e fomos descendo para nos juntarmos ao resto dos alunos e professores que nos aguardavam perto da recepção. Depois de terem chegado todos os alunos encaminhamo-nos para o restaurante do hotel onde já nos esperava um belo pequeno-almoço. Tomamo-lo calmamente enquanto os professores nos distribuíam o plano do dia. Para hoje estava-nos reservado Os jardins reais (Royal Botanic Gardens) e o British Museum. Dadas as coordenadas e informações necessárias, começaram a encaminhar-nos para o autocarro escolar. Chegado ao autocarro sentei-me com a minha irmã e ao nosso lado iam o Pedro e o Mário, passados 45 minutos de caminho chegamos aos Royal Botanic Gardens, quem nos guiou durante aquela visita de estudo foi Stephen Hopper o director dos Royal Botanic Gardens. Já era 13h:00 da tarde e fomos almoçar de seguida fomos ao British Museum, onde passamos o resto da tarde. Já se via o sol a pôr-se quando chegamos ao hotel. Deram-nos uns minutos antes do jantar. Eu e a Kate aproveitamos para irmos descansar. Subimos ao quarto e lançamo-nos para cima das camas. Alguns minutos de silêncio e eu confesso que não tardava muito para adormecer se não fossemos interrompidas com o toque do meu telemóvel.

- Estou sim?! – Perguntei atendendo e pondo o telefone em altifalante.

- “Filhas… Como estão as minhas princesas?” – Perguntou o pai babado do outro lado do telefone.

- Oi Paizinho… Estamos bem, e por aí?

- “Tudo bem, muito trabalho, como sempre. E então? Estão a gostar do vosso 1º dia por Londres?”

- Muito. – Respondi satisfeita.

- “Ainda bem, a mãe está a mandar beijinhos mas agora não pode falar.”

- Para variar. – Disse revirando os olhos.

- “Não digas isso, sabes que ela gosta muito de vocês.”

- Sim claro… Olhe pai… Eu e a Kate estivemos a pensar… Será que seria possível, irmos passar o fim-de-semana a casa do tio Paul? É que já não o vimos há séculos, gostávamos de passar algum tempo com ele e ainda por cima é Páscoa.

- “É uma óptima ideia minhas lindas, mas sabem que o tio anda sempre muito ocupado, mas eu posso falar com ele a ver se é possível vos aturar.” – Tentou controlar o riso, mas consegui ouvir do outro lado da linha.

- Até parece! – Fingi indignada. – Mas obrigada paizinho… HÁ! Mais uma coisinha, será que podes a pedir autorização aos professores? Pleaseeeeeee… - Implorei.

- “Está bem, eu vou ver o que consigo. Amanhã volto a ligar.”

- Obrigada pai! És o maior. Adoramos-te. – Dissemos e deligamos o telefone. 

Voltamos deitar-nos quando somos surpreendidas com um batuque na porta. 

- Quem é? – Perguntamos as duas em simultâneo. 

- Posso? – Perguntou o Pedro, abrindo a porta e colocando a sua cabeça para dentro.

- Claro! – Respondi sorridente.

- Vinha-vos fazer uma proposta…

- Estou a gostar… Continua… - Disse a Kate com interesse.

- Vocês querem ir connosco depois do jantar a um bar aqui perto?

- CLARO! – Disse automaticamente a Kate. – Espera… Connosco? Connosco quem?

- Ah, eu e o Mário. Então Sarah? Vens? – Aguardou a minha resposta.

- Hum… Bar? Sabes que não sou muito dessas coisas…

- Pois sei, mas tu também sabes que eu sou igual, mas vá lá, estamos em Londres, temos de aproveitar, além do mais dizem que é um bar super tranquilo e agradável.

- Hum… és capaz de ter razão.

- Boa! Agora vamos jantar que estou cheia de fome. – Disse a Kate sempre muito enérgica.



Descemos e juntamo-nos aos restantes alunos e professores. 
Jantamos e os professores avisaram da noite livre. Voltamos a subir, arranjamo-nos.


Roupa utilizada pela Kate
Roupa utilizada pela Sarah


















Logo em seguida fomos para o bar. Quando chegamos há entrada, avistei um rapaz de estatura média que me parecia familiar virei a cara para a Kate que estava completamente surpresa.

- Aquele ali não é o Alex? O que é que ele está aqui a fazer? - Perguntou a Kate.

- Ele mora aqui perto, e foi ele que nos aconselhou este bar, e nos convidou para cá virmos hoje. - Responde o Pedro surpreso com reacção da Kate. 

Aproximamo-nos os 4 dele e cumprimentamo-lo deixando a Kate para o fim, que se estava a sentir envergonhada. Senti que ambos (O Alex e a Kate) o estavam. Entramos no bar que estava com um óptimo ambiente. Escolhemos uma mesa bem situada e aproximou-se de nós o empregado.

- O que vão beber? – Perguntou o jovem simpático.

- Para mim é uma cerveja. – Pediu o Mário.

- Outra p’ra mim. – Pediu também o Alex.

- Eu quero um cocktail de frutas. – Pediu a Kate.

- Outro para mim, mas de morango. – Pedi.

- Eu quero o mesmo! – Pediu por fim o Pedro.

O empregado anotou os pedidos e foi busca-los.

- És mesmo menina Pedro. – Provocou o Mário.

- Não lhe dês ouvidos. Eu gosto assim. 

- Estás a ficar corado… - Sussurrou a Kate ao Pedro depois de lhe ter dado uma pequena cotovelada. 

Por fim o empregado trouxe uma bandeja com os nossos pedidos e fomos servidos.

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Capítulo 1 - Primeiras 24h Londrinas



-- (Kate) --

Estávamos a entrar no avião, em Lisboa, preparadas para uma visita de estudo que se realizava todos os anos a Londres que decorria durante as férias da Páscoa, (nessa visita de estudo só ião os melhores alunos de Inglês de toda a escola).

*****

Passado umas horas, estávamos a sair do aeroporto, já em Londres, rumo ao hotel, onde íamos ficar hospedados durante aquelas duas semanas; Já era final de tarde; Chegados ao hotel os professores responsáveis fizeram o checking, começaram a distribuir as chaves e a avisar que dali a uma hora nos queriam despachados e na recepção á espera deles, o professor deu-me uma chave e afirmou:

- Menina Kate, fica com a sua irmã. 

Eu e a minha irmã Sarah, só temos um ano de diferença, o que nos torna praticamente inseparáveis desde sempre. Para além de irmãs somos como melhores amigas, para onde quer que uma vá a outra também vai, e esta viajem não podia ser excepção. Há muito que a ambicionávamos. Apesar de Londres já não ser uma total e completa cidade desconhecida para nós, era ainda um mistério pois a última vez que lá estivemos eramos ainda muito pequenas, já não nos recordávamos de quase nada.

- Sim, claro. – Respondi decidida e feliz, por não ter de partilhar o quarto com um qualquer.

Entramos no elevador e subimos até ao 6º andar do hotel, verificamos o nº da chave e fomos directas ao quarto nº 223, abrimos a porta e encontramos 2 camas, 2 closets, 1 pequena sala e 1 casa de banho. Posamos as malas nas camas e fomos tomar banho rapidamente, passados aproximadamente 45 minutos estávamos despachadas e vestidas para irmos jantar e dar um passeio.

Roupa utilizada pela  Kate
Roupa utilizada pela Sarah


















Fomos ao encontro dos professores na recepção, jantamos, e deram-nos autorização para ir dar uma volta, não muito longe do hotel. Eu e a Sarah decidimos de ir apanhar um pouco de ar puro, depois de algumas horas de avião, era o que nos iria fazer bem. Àquela hora já se fazia sentir o frio Londrino que pairava pelas ruas. Fomos caminhando pelo passeio onde fomos dar a um jardim lindíssimo, com um enorme lago e muitas árvores, sentamos-nos e a cada segundo que passava gostávamos mais daquela cidade e de lá estar, sentíamo-nos em casa, como se fosse ali que pertencesse-mos. De repente lembrei-me e disse: 

- Sarah, em vez de passar-mos duas semanas no hotel, a segunda semana vamos passa-la a casa do tio Paul, ele mora aqui perto.

- Boa ideia mana, amanhã liga-mos aos pais a pedir autorização. Ok? – Disse a Sarah com entusiasmo.

- Ok. – Respondi empolgada. 

- Não achas que já é tarde? Temos de ir para o hotel.

Concordei. Fomos andando. Pelo caminho apareceram uns rapazes que tinham vindo connosco na visita de estudo, mas um deles não o conhecíamos. Falamos com eles, e o Pedro, o nosso melhor amigo desde já há muito tempo, apresentou-o a nós:

- Alex estas são a Sarah Sparks e a Kate Sparks, Sarah e Kate este é o Alex. - Cumprimentamo-nos.

Fomos andando, começamos todos na conversa e senti uma troca de olhares entre mim e o Alex, de repente sinto a Sarah dá-me uma cotovelada e aos risinhos com o Pedro.

- Hey!? – Disse-lhe.

- Já estás toda apanhadinha, não estás? – Disse a rir-se.

- Nãooo! – Respondi sentindo-me corar um pouco.

Chegamos ao Hotel e despedimo-nos do Alex. Entra-mos com os nossos colegas, e dirigimo-nos para os quartos. Vestimos o pijama e fomos deitar-nos.

Pijama utilizado pela Kate
Pijama utilizado pela Sarah















- Não tens emenda tu. – Disse-me a Sarah.

- Desculpa? Não estou a perceber! – Questionei-me.

- Sim minha menina… - Começou novamente a rir. – Estamos em Londres há menos de 1 dia e tu já começaste a lançar o teu charme.

- Não sejas parva… Só estava a ser simpática… - Desculpei-me, fazendo aparecer um sorriso bobo no meu rosto ao lembrar-me do amigo Londrino do Alex. 

- Vamos mas é dormir, que o teu mal deve ser sono e amanhã temos um longo dia pela frente…

- Sim tens razão… Boa noite mana… 

- Boa noite, dorme bem…

Já no escuro da noite, aconchegada na minha almofada, continuava com aquela pele clara que fazia realçar os seus lindos olhos castanhos-claros, e de certa maneira me faziam estremecer… Pouco tempo de pensamentos e algum cansaço levaram-me por fim a adormecer.