sábado, 5 de janeiro de 2013

Capitulo 6 - Velhos Tempos


-- (Kate) --

Chegado ao Palácio de Westminster, depois de uma curta viagem sem a minha irmã, mas eu compreendo-a ela tinha que falar com o Pedro e esclarecer o que aconteceu na noite anterior.
Vimos o Palácio durante a manhã, almoçamos no parque ali ao lado, durante a tarde fomos ao Museu Madame Tussauds e voltamos para o Hotel já com a Sarah ao meu lado no autocarro.
Chegado ao Hotel, subimos no elevador, entramos no quarto, e estava-mos a prepara-nos para dormir, quando, recebo uma mensagem do Alex a pedir que vá ter com ele a recepção, desço no elevador e lá estava ele a minha espera como tinha dito, cumprimentámo-nos com o enorme beijo na boca.

- O que querias falar comigo? – Perguntei-lhe.

- Os meus pais vão-se mudar para semana que vem, para a Irlanda, e eu vou com eles …

- Estás-te a despedir…? – Digo com uma lagrima ao canto do olho.

- Sim, Kate desculpa… - Diz também quase a chorar.

- Não faz mal, para a semana isto ia acabar por acontecer… - Disse num tom frio.

Começo a chorar e o Alex envolvendo-me num abraço disse:

- Tu és uma rapariga muito bonita, tu vais conseguir encontrar alguém que te faça feliz…

Ficamos mais uns minutos abraçados. 
Deu-me um beijo na bochecha e foi-se embora, passado um bocado sequei as lagrimas e subi no elevador em direcção ao quarto onde estava a Sarah.
Entrei cabisbaixa.

- Está tudo bem, parece que estiveste a chorar… - Perguntou-me preocupada.

-- (Sarah) --

- Han?! Não... La embaixo é que está mais frio... - Inventou uma desculpa qualquer, mas aqueles olhos vermelhos e húmidos das lagrimas não me enganavam.

- E desde quando choras por causa do frio?! Kate... Não venhas fazer da tua irmã mais velha, uma parvinha! A conversa não correu bem?! Foi isso?!

- A sério Sarah, agora não, não venhas com as tuas piadas secas, não estou com paciência!

- Autch... Desculpa... Olha enquanto esse teu feitiozinho não acalma eu vou só ali fazer uma coisa e já falamos!  - Sai do quarto deixando a Kate deitada sobre a sua cama virada para a parede.

Caminhei pouco no corredor do Hotel até chegar à porta do quarto onde o Pedro estava. Bati á porta e esperei que alguém a viesse abrir.

- Sarah?! - Perguntou o Pedro espantado. - Que fazes aqui?!

- Oh, é a Kate... Preciso da tua ajuda!

- Minha?! Hum... No que poder ajudar... Mas que tem a Kate?!

- Ela esteve a chorar. Ateima que não, mas vê-se a léguas que sim, e eu não gosto de vê-la naquele estado, mas também não sei o que posso fazer. Estou desesperada Pedro. - Disse levando as mãos á cabeça.

- Ei! Calma! - Disse ele aproximando-se de mim, agarrando-me nos ombros. - Lembras-te de quando nos eramos pequenos?! E a meio das nossas brincadeiras a Kate se chateava connosco e fugia para o quarto?! Depois nos íamos la sempre anima-la com biscoitinhos e uns bons filmes...

- EH ISSO PEDRO! És um génio! - Abracei-o forte depois de lhe ter depositado um beijo na bochecha. - Como é que eu não me lembrei de isso antes, sempre resultou!

- Nada como as boas recordações de uma infância. Vamos la abaixo buscar algo para comer e já lá vamos tratar dessa menina.

Descemos as escadas do Hotel, entramos na cafetaria, pegamos nuns aperitivos, nuns refrigerantes e voltamos a subir. Batemos á porta do nosso quarto e nenhum som se ouviu, pensamos que ela já estivesse a dormir mas simplesmente continuava deitada, desta vez de barriga para cima, perdida nos seus pensamentos.

- Pedro?! O que estas aqui a fazer?! - Interrogou-se voltando-se para nós uns breves instantes.

- Que achas miúda?! Nem penses que vais ficar ai a deprimir!  Viemos animar-te!

- Outro não! Sério, não me levem a mal, mas hoje não estou com cabeça.

- Trouxemos comida! - Disse eu largando os aperitivos e refrigerantes em cima da cama da Kate. - Pedro, põe o filme!

- Já está a jeito! - Disse ele trazendo o portátil para cima da cama também. Colocou-o bem á frente e de seguida, cada um de nos se sentou de um lado da Kate, deixando-a no meio.

- Seus loucos, o que estão a fazer?! - Perguntou a Kate desorientada do nosso plano.

- Tal como nos velhos tempos... - Disse o Pedro colocando um braço a volta da Kate.

- ... Era disto que estavas a precisar! - Conclui a frase do Pedro pondo um braço também a volta dela.

A Kate levantou os seus dois braços e entrelaçou-nos num abraço apertado, puxando-nos para ela.

- Oh seus lindos... Obrigada... – Dizia emocionada. - O que seria de mim sem vocês?!

Fomos ver o filme, e a meio a Kate adormeceu, eu e o Pedro tiramos o filme, arrumamos a comida que sobrou sem fazer um único barulho para não a acordar, despedi-me dele, tapei a Kate e fui dormir também.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Capitulo 5 - Depois do que Aconteceu Ontem


-- Kate --

Eram 08h:00 quando começo a ouvir: 


Era o som do meu telefone, levantei-me para o ir buscar, e vi que era o pai a ligar-me. Atendi e pedi que espera-se um pouco. Fui acordar a Sarah que dormia profundamente. 

- O pai está ao telefone e quer falar connosco sobre a ida a casa do tio Paul... - Disse abanando o seu braço. 

A Sarah acordou toda espantada e contente pelo pai ter ligado.

- Vá vamos falar com ele… - Disse levantando-se e sentando-se na minha cama ao pé do telefone que estava em altifalante.

- Olá paizão tudo bem por ai? – Dissemos em coro.

- “Sim, meus amores, então estão a gostar de estar ai?”

- Sim, estamos a amar.

- “Ainda bem que estão a gostar, porque vão gostar ainda mais quando forem para casa do tio paul hoje á tarde…”

- Hoje já, obrigado paizão és o maior, já pediste autorização aos professores?

- “Claro que sim minhas lindas, a mãe manda beijinhos para as duas, olhem agora o pai tem de desligar, boa estadia em casa do tio paul, mandem-lhe comprimentos aqui do irmãozinho”

- Adeus pai, até á próxima gosta-mos muito de ti.

Desliguei o telefone.

A Sarah deitou-se na minha cama, enquanto eu fui tomar banho rapidamente, já que era o ultimo dia no hotel antes de irmos para a casa do tio paul. Pedi a Sarah para que prepara-se a minha roupa e a dela antes de ir tomar banho.

Roupa utilizada pela Kate
Roupa utilizada pela Sarah


















Despachamo-nos, fizemos as malas, e descemos para tomar o pequeno-almoço, comemos e os professores responsáveis começaram a distribuir o plano para o dia de hoje, o professor deu-nos um plano e disse:

- Menina Kate e menina Sarah, vocês têm autorização para sair hoje á tarde depois do passeio.

- Obrigada. - Dissemos as duas em coro.

- Autorização para sair á tarde!? – Interrogou-se o Pedro espantado

- Sim, nós vamos passar o fim-de-semana a casa do nosso tio. - Disse a Sarah entusiasmada.

Afastei-me, pensando que precisassem de uma conversa depois do que aconteceu ontem…

-- Sarah --

Fixei o meu olhar na Kate, vendo-a afastar-se. Esperei que o Pedro não me tivesse mais nada a dizer. 
Respirei fundo, sem nunca voltar a olha-lo. Ia para dar o primeiro passo quando ouço a voz do Pedro.

- Diz-me que não te vais embora por causa do que aconteceu ontem? – Perguntou preocupado e sentindo culpa.

- Não! Não, nada disso.

- Hum… - Baixou a cabeça não muito convencido.

- Ok, ok… - Fez-se de acordo, mas sentiu triste. Começou a caminhar em direcção ao autocarro que já aguardava os alunos há entrada do hotel. Em passos largos e apressados alcancei-o, passando-lhe há frente, puxando-lhe pela mão.

- Anda! – Disse puxando-o para fora do hotel. – Kate, importas-te que hoje não vá contigo na viagem? – Perguntei há minha irmã, sem nunca largar a minha mão da do Pedro.

- O QUÊ?! – Disseram os dois em simultâneo. 

- Hum… Já estou a perceber… Claro, claro, vão lá. – Disse a Kate risonha fazendo olhinhos para ambos.

Continuei a puxar o Pedro até há porta do autocarro, onde já estava uma das professoras que marcou os nossos nomes e nos deu permissão para entrarmos. Fomos andando pelo corredor do autocarro, ainda vazio, escolhendo um lugar mais para o fundo, mas não tanto. O Pedro sentou-se 1º, fazendo-o, com que ficasse há janela, ele sabia que eu enjoava naquele lugar. Sentei-me em seguida a seu lado. 

- Não percebo… - Dizia ele confuso, encarando-me sério. – Desde pequenos que tento ir ao teu lado, e só consegui nas vezes em que a Kate faltava ou ficava doente. Sempre fizeste tudo com a tua irmã.

- Pois é Pedro. Tu melhor que ninguém sabes que eu e a Kate somos inseparáveis, mas tu, também já devias saber melhor que ninguém que és o melhor amigo e jamais deixarei que algo aconteça a esta amizade. 

- Eu sei, desculpa, é só que … Eu não te quero perder, e estou com a sensação que a partir de ontem as coisas não vão ser mais as mesmas. – Disse receoso.

Começaram a entrar os alunos. 

- Confias em mim? – Perguntei-lhe séria, colocando a minha mão sobre a sua, que estava apoiada sobre o “braço” amovível do banco do autocarro. 

- Que pergunta é essa Sarah?! Claro que sim! 

- Então… - Encostei a minha cabeça sobre o seu ombro. - … Confia quando te digo que nada nos separará.