-- Kate --
Eram 08h:00 quando começo a ouvir:
Era o som do meu telefone, levantei-me para o ir buscar, e vi que era o pai a ligar-me. Atendi e pedi que espera-se um pouco. Fui acordar a Sarah que dormia profundamente.
- O pai está ao telefone e quer falar connosco sobre a ida a casa do tio Paul... - Disse abanando o seu braço.
A Sarah acordou toda espantada e contente pelo pai ter ligado.
- Vá vamos falar com ele… - Disse levantando-se e sentando-se na minha cama ao pé do telefone que estava em altifalante.
- Olá paizão tudo bem por ai? – Dissemos em coro.
- “Sim, meus amores, então estão a gostar de estar ai?”
- Sim, estamos a amar.
- “Ainda bem que estão a gostar, porque vão gostar ainda mais quando forem para casa do tio paul hoje á tarde…”
- Hoje já, obrigado paizão és o maior, já pediste autorização aos professores?
- “Claro que sim minhas lindas, a mãe manda beijinhos para as duas, olhem agora o pai tem de desligar, boa estadia em casa do tio paul, mandem-lhe comprimentos aqui do irmãozinho”
- Adeus pai, até á próxima gosta-mos muito de ti.
Desliguei o telefone.
A Sarah deitou-se na minha cama, enquanto eu fui tomar banho rapidamente, já que era o ultimo dia no hotel antes de irmos para a casa do tio paul. Pedi a Sarah para que prepara-se a minha roupa e a dela antes de ir tomar banho.
Roupa utilizada pela Kate |
Roupa utilizada pela Sarah |
Despachamo-nos, fizemos as malas, e descemos para tomar o pequeno-almoço, comemos e os professores responsáveis começaram a distribuir o plano para o dia de hoje, o professor deu-nos um plano e disse:
- Menina Kate e menina Sarah, vocês têm autorização para sair hoje á tarde depois do passeio.
- Obrigada. - Dissemos as duas em coro.
- Autorização para sair á tarde!? – Interrogou-se o Pedro espantado
- Sim, nós vamos passar o fim-de-semana a casa do nosso tio. - Disse a Sarah entusiasmada.
Afastei-me, pensando que precisassem de uma conversa depois do que aconteceu ontem…
-- Sarah --
Fixei o meu olhar na Kate, vendo-a afastar-se. Esperei que o Pedro não me tivesse mais nada a dizer.
Respirei fundo, sem nunca voltar a olha-lo. Ia para dar o primeiro passo quando ouço a voz do Pedro.
- Diz-me que não te vais embora por causa do que aconteceu ontem? – Perguntou preocupado e sentindo culpa.
- Não! Não, nada disso.
- Hum… - Baixou a cabeça não muito convencido.
- Ok, ok… - Fez-se de acordo, mas sentiu triste. Começou a caminhar em direcção ao autocarro que já aguardava os alunos há entrada do hotel. Em passos largos e apressados alcancei-o, passando-lhe há frente, puxando-lhe pela mão.
- Anda! – Disse puxando-o para fora do hotel. – Kate, importas-te que hoje não vá contigo na viagem? – Perguntei há minha irmã, sem nunca largar a minha mão da do Pedro.
- O QUÊ?! – Disseram os dois em simultâneo.
- Hum… Já estou a perceber… Claro, claro, vão lá. – Disse a Kate risonha fazendo olhinhos para ambos.
Continuei a puxar o Pedro até há porta do autocarro, onde já estava uma das professoras que marcou os nossos nomes e nos deu permissão para entrarmos. Fomos andando pelo corredor do autocarro, ainda vazio, escolhendo um lugar mais para o fundo, mas não tanto. O Pedro sentou-se 1º, fazendo-o, com que ficasse há janela, ele sabia que eu enjoava naquele lugar. Sentei-me em seguida a seu lado.
- Não percebo… - Dizia ele confuso, encarando-me sério. – Desde pequenos que tento ir ao teu lado, e só consegui nas vezes em que a Kate faltava ou ficava doente. Sempre fizeste tudo com a tua irmã.
- Pois é Pedro. Tu melhor que ninguém sabes que eu e a Kate somos inseparáveis, mas tu, também já devias saber melhor que ninguém que és o melhor amigo e jamais deixarei que algo aconteça a esta amizade.
- Eu sei, desculpa, é só que … Eu não te quero perder, e estou com a sensação que a partir de ontem as coisas não vão ser mais as mesmas. – Disse receoso.
Começaram a entrar os alunos.
- Confias em mim? – Perguntei-lhe séria, colocando a minha mão sobre a sua, que estava apoiada sobre o “braço” amovível do banco do autocarro.
- Que pergunta é essa Sarah?! Claro que sim!
- Então… - Encostei a minha cabeça sobre o seu ombro. - … Confia quando te digo que nada nos separará.
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