segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Capitulo 8 - O Concerto - Parte I


-- (Sarah) --

- TIOOOOO.... - Corremos para o abraçar.

- Desculpem não vos ter ido buscar mas estava aqui a preparar tudo para a chegada das minhas princesas. - Disse abraçando-nos e dando um beijinho a cada uma.

- Ò tio, não era preciso estares com trabalho, até parece que jà não nos conheces. - Disse-lhe. 

- Jà sabem como é o vosso tio, sempre ocupado, so à pouco tirei um bocadinho de tempo para vos preparar o lanche. - Avisou.

- Ei tio! Jà faz longo tempo que não nos vemos, mas jà não somos crianças, né? Sabemos preparar muito bem o nosso lanche. - Fingiu a Kate indignada.

- Eu sei Kate, mas hoje era um dia especial, merecia um lanche especial. - Disse piscando-lhe o olho.

- Hà! Sendo assim vamos là ver essas especialidades... - Disse a Kate jà com àgua na boca fazendo com que todos nos rissemos.

- Bem o Stephan, conhece os cantos hà casa ele indica-vos os caminhos...

- Porquê tio?! Não vais ficar connosco?! - Perguntei abatida, tinha esperança de estar algum tempo com o nosso tio preferido.

- Com muita pena minha não, tenho uns assuntos de trabalho a tratar para logo... Mas assim que tiver despachado, eu venho ter com vocês. Sintam-se hà vontade, como se estivessem em casa. - Ele sorriu, deu um beijinho na testa de cada uma de nòs e saiu.

- Vamos até à cozinha meninas?! O vosso tio preparou-vos um belo lanche. - Disse o Stephan sempre simpàtico. 

Encaminhou-nos até à cozinha, onde mesmo antes de entrarmos, jà podiamos sentir um cheirinho bom a pairar no ar. Assim que entramos vimos a bancada muito colorida, cheia de coisas boas, provavelmente deliciosas. A Kate foi-se logo sentar à mesa e sem exitar começou a comer. O Stephan ficou hà porta, de "guarda". 

- Senta-te connosco Stephan... - Convidei-o.

- Não posso aceitar menina Sarah. - Recusou.

- Porque não?! Jà vi o quanto tu e o tio Paul são proximos, para além do mais não conseguimos comer isto tudo sozinhas, hà comida para alimentar um exército.

- So para lhe fazer a satisfaçao. - Sorriu e sentou-se. Sorri-lhe também.

Peguei num cupcake com um "S" em cima, provavelmente de Sarah, que me fez automaticamente recordar das longas tardes, em criança, que eu e a Kate passavamos na cozinha com o nosso tio a fazer doces, saimos de là todos brancos, cheios de farinha em todo o lado, acho que ainda consigo ouvir a voz da minha mãe a ralhar connosco, mas acabava-se sempre por rir das nossas figuras, tenho saudades desses tempos, saudades de ter o nosso tio sempre do nosso lado...

- Sarah?! SARAH?! - Gritou-me a minha irmã. - Não comes?!

Dei por mim, estava perdida em pensamentos, e a brincar com a palinha do sumo de laranja.

- Han?! Desculpa... Ah, não tenho muita fome.

- Mas està tudo bem?! - Perguntou preocupada.

- Sim, é so que... estava à espera de passar mais tempo com o tio, mas ele continua ocupado, como sempre. Deve ser de familia! - Suspirei encostando a cabeça sobre o braço apoiado em cima da bancada.

- Não diga isso menina Sarah, o Paul adora-vos, passa os dias a falar em vocês, ele também sente muitas saudades, acredite... Bem! E agora vamos colocar as vossas malas no quarto onde vão ficar e conhecer o resto da casa. - Disse o Stephan quebrando aquele clima tenso.

O Stephan ajudou-nos a levar as malas para os quartos que ficavam no andar de cima. O quarto onde iamos ficar, estava decorado nos tons de castanho, laranja e vermelho, tinha 4 camas e uma linda casa-de-banho. Pousamos as malas, e fomos ver o resto da casa, deixando para ultimo o escritorio, onde estava o tio Paul.

-- (Kate) -- 
- "Ok,ok... Està tudo pronto então, e levo as minhas sobrinhas comigo, obrigado pelos bilhetes. Até logo!" - Finalizava o tio Paul uma chamada telephonica.

- Podemos?! - Perguntamos espreitando pela porta entreaberta depois de termos batido.

- Claro minhas lindas. O Stephan jà vos mostrou a casa?!

- Jà, sim senhora e jà arrumamos as nossas coisas. - Respondi prontamente.

- Perfeito. Agora vão-se vestir porque vamos sair! - Avisou.

- Sair?! Para onde?! - Perguntei curiosa.

- Sabem que sou segurança, e hoje é sexta-feira, à sempre muito trabalho, mas acabei de falar com o manager da banda e ele tem bilhetes para vocês.

- Sério tio?! Um concerto?! Fixeee.... - Disse jà toda empolgada. 

- Bem, e como sou um dos seguranças principais desta banda, tenho de estar là mais cedo, por isso vão-se arranjar que daqui a nada estamos de saida.

- Ok chefe! - Disse fazendo sinal de continência, acabando por me rir. - Até jà! - Peguei na mão da minha irmã e fomos para o quarto.

Roupa utilizada pela Kate
Roupa utilizada pela Sarah
Depois de vestidas e despachadas, descemos e juntamo-nos ao nosso tio e ao Stephan que jà nos aguardavam.

- Também vais Stephan?! - Perguntou a Sarah.

- Claro! Eu e o vosso tio somos inseparaveis. - Respondeu esfregando a cabeça do tio Paul na brincadeira.

Saimos da mansão, entramos no grande jipe preto e arrancamos com destino ao concerto. Começamos a abrandar, a ver muitas pessoas, maior parte raparigas adolesentes, aos gritos e com enormes cartazes, mas nao conseguia ver o que neles continha, por jà ser de noite e os flashes dificultavam a visam. O tio estacionou na porta das traseiras, e acompanhou-nos até a entrada. Aproximou-se rapidamente um senhor que vinha com muitos papeis nas maos e uma especie de fones com um microfone, devia ser um assistente de palco, ou algo do género.

- Paul... Ainda bem que chegou. Està aqui o seu plano para a noite de hoje... - Disse o tal senhor entregando-lhe uma das muitas folhas. - ... E estas devem ser as suas sobrinhas... Tomem... - Esticou o seu braço que continha duas fitas vermelhas com uns passes ao pendurao. - ... Coloquem isso ao pescoço e não os percam. Vao ficar aqui com este segurança (Disse apontando para o Stephan) - Senti-me aliviada, por no meio de tanta gente, ficarmos com alguém que jà conheciamos. - E não saiam, em circunstancia alguma de ao pé dele. Entendido?!

- Entendido! - Dissemos, eu e a Sarah, em coro. 

- Vamos Paul, vou-te dizer onde é o teu posto esta noite. - Disse o senhor começando a caminhar pelo corredor.

- Desculpem là esta cena, ele fica sempre stressado antes dos espectaculos. Agora tenho de ir meninas, encontramo-nos aqui ao final da noite. Adoro-vos. - Despediu-se o tio.

- Quem era?! - Perguntei. 

- O Manager. 

- Bem... e agora?! Que fazemos?! - Perguntei.

- Não sei. - Disse a Sarah incerta. - O que costumas fazer durante os concertos Stephan?!

- Eu sou mais das zonas vip's, sao mais calminhas... Não se preocupem, voces vao adorar. -  Respondeu o  Stephan começando a caminhar tambem pelo corredor. Fomos atras dele. 

O corredor tinha acesso a uma pequena sala, penso que eram os camarins, pois estava bem decorada, tinha um sofà bem no meio, muitos espelhos e luzes (provavelmente a zona de maquilhagem) e ja se encontravam là algumas pessoas. Pessoas que trabalhavam ali, notava-se pelo facto de andarem de um lado para o outro. Não fazia ideia de quanta gente era precisa para um concerto, as pessoas ficam pensando que so tem a banda, e tudo o que se vê no palco, mas isto visto de dentro era totalmente diferente. As pessoas que isto envolvia era incrivel.  O Stephan foi em direcçao de uma mulher com ar jovem e moderno, estatura média e cabelos brancos com pouco de roxo, comprimentando-a.

- Estou a ver que esta noite estàs bem acompanhado. - Disse a mulher simpàtica.

- Estou sempre. Bem, mas deixa-me que te apresente, estas são a Sarah e a Kate, sobrinhas do Paul. Meninas, esta é a Lou. 

- Prazer. - Dissemos-lhe comprimentando-a. 

- A Lux?! Hoje não veio contigo?! 

- Claro que veio, està ali atràs. Venham. - Seguimo-la até a um canto da sala onde estava um carrinho e coisas de bebé. 

- Oohhhh tão lindaaaa.... - Disse aproximando-me da pequena loirinha.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Capitulo 7 - Inicio de um fim-de-semana

-- (Kate) --

No dia seguinte acordei, ainda um pouco abalada com o que se tinha passado entre mim e o Alex, mas também contente porque iamos para a casa do tio Paul, fui acordar a Sarah que ainda estava a dormir.

- Então o que tinhas ontem Kate, jà me podes dizer !? - Perguntou-me a Sarah enquanto se sentava na cama.

- Sim… - Respondi ainda um pouco triste com a situação.

- Se não quiseres diz, se não quiseres não digas, não és obrigada... Mas sabes que estou sempre aqui para ti, és a minha maninha! - Disse dando-me um abraço forte.

- Eu e o Alex nunca mais nos vamos ver, porque ele foi para a Irlanda com os pais, e ontem despediu-se de min por isso é que eu estava como estava… - Comecei a contar com uma làgrima ao canto do olho.

- Kate eu não sabia… 

- Mas isto tinha de acontecer de qualquer maneira quando nòs foçe-mos para Portugal, eu tinha de me despedir dele na mesma… mas custou-me muito mesmo assim sabendo que tinha de acontecer… nunca mais fico assim por nenhum rapaz! - Disse dessedida enquanto me dirijia para a casa de banho para me vestir.

Roupa utilizada pela Kate
Roupa utilizada pela Sarah

-- (Sarah) --

Eu e a Kate, assim que nos vestimos, começamos a fazer as malas, para ir de fim-de-semana na casa do tio Paul.

Feitas as malas, descemos e juntamo-nos aos nossos colegas, que jà estavam prontos para partir-mos para Westminster Abbey, que seria o nosso destino daquela tarde. Depois de uma grande visita, muitas photos e convivio, principalmente com o Pedro, que queria aproveitar todos os ultimos momentos que tinha connosco antes de irmos para a casa do tio, voltamos para o hotel. Era final de tarde, o sol jà descia por tràs do grande "Big Ben", assim que o autocarro estacionou à porta do hotel, eu e a Kate subimos rapidamente até ao nosso quarto, pegamos nas malas e fomos para a entrada.

- Então meninas, jà vão?! - Perguntou a professora Rachel. - Ainda nao é muito cedo?!

- Sim, ainda não està na hora, mas queremos estar prontas para quando o nosso tio chegar. - Respondi muito anciosa.

- Compreendo, mas nao querem comer nada antes?!

- Eu não consigo comer nada agora ... - Disse a Kate.

- Eu também não,mas obrigada professora Rachel.

- Bem, sendo assim vou até ha cafetaria ter com os vossos colegas.

- Nem acredito que vou passar o fim de semana sem as minhas pequenas... - Disse o Pedro aparecendo por tràs, abraçando-nos. - Sabem que isto sem vocês vai ser uma grande seca?!

- Claro que sabes Pedro... - Gabou-se a Kate na brincadeira.

- Vou ter saudades vossas...

- Vossas, ou da Sarah?! - Continuo a brincadeira, mas percebeu nas nossas caras que nao tinhamos achado muito graça. - E... Oh Pedro... Para là com as lamechices rapaz... - Mudou de assunto, parando com o constragimento. - È sò um fim de semana, na Segunda ja estamos de volta. - Disse dando-lhe um toquezinho no braço, metendo-se com ele.

Por mais triste e magoada que a minha irmã estivesse, ninguém lhe tirava aquela boa disposição que ela sempre tinha.

Vimos um enorme grande mercedes preto parar à entrada do hotel tentamos ver de quem era, mas tinha vidros escuros, que tornavam impossivel a vista interior do veiculo. Recebi uma mensagem de um numero privado, olhei para o Pedro e a Kate.

- Abre, pode ser que seja do tio. - Pediu a Kate curiosa.

Abri e dizia:

"Minhas queridas peço imensa desculpa por não vos poder ir buscar agora, mas surgiu um contratempo. Pedi ao Stephan, um colega meu, que vos fosse buscar. Teremos de adiar uns minutinhos o nosso reencontro, espero que não fiquem tristes, o tio promete que depois vos recompensa. Encontramo-nos cà em casa. Até ja minha lindas. Beijos, tio Paul."

Lida a mensagem, aproximamo-nos do carro preto e tocamos no vidro, o condutor desceu-o, fazendo com que nòs finalmente decifràcemos os traços do seu rosto. Era um homem alto, musculado, ...

- Serà que é este o colega do tio Paul?! - Perguntou a Kate em choque.

- Não sei, vou perguntar... - Aproximei-me um pouco do vidro para que o homem me podesse ouvir. -Desculpe... você é que é o senhor Stephan?!

- O pròrio... Vocês é que sao as sobrinhas do Paul?! Kate e Sarah?!

- Nòs mesmas... Vamos so avisar a nossa professora e jà voltamos.

- Eu vou colocando as malas no carro. - Disse sorridente e super simpàtico.

- Professora Rachel, ja temos o carro là fora ha nossa espera, podemos ir?! - Perguntei-lhe.

- Claro! Ficaremos hà vossa espera na Segunda-feira, divertam-se e aproveitem muito. 

Despedimo-nos vagamente dos nossos colegas, demos dois beijinhos e um abraço ao Pedro, e entramos no carro.

Chegamos, pouco depois, a uma enorme casa, com uns enormes portões que lhe davam acesso... automàticamente foram-se abrindo e o Stephan entrou, estacionou o carro à porta de entrada, e ajudou-nos a tirar as malas do carro. Batemos hà porta e ninguém respondeu, reparamos então, que esta se encontrava entre-aberta. O Stephan deu-nos autorização para entrar.

- SEJAM BEM-VINDAS, MINHAS QUERIDAS! - Disse o Tio  nos esperando.

sábado, 5 de janeiro de 2013

Capitulo 6 - Velhos Tempos


-- (Kate) --

Chegado ao Palácio de Westminster, depois de uma curta viagem sem a minha irmã, mas eu compreendo-a ela tinha que falar com o Pedro e esclarecer o que aconteceu na noite anterior.
Vimos o Palácio durante a manhã, almoçamos no parque ali ao lado, durante a tarde fomos ao Museu Madame Tussauds e voltamos para o Hotel já com a Sarah ao meu lado no autocarro.
Chegado ao Hotel, subimos no elevador, entramos no quarto, e estava-mos a prepara-nos para dormir, quando, recebo uma mensagem do Alex a pedir que vá ter com ele a recepção, desço no elevador e lá estava ele a minha espera como tinha dito, cumprimentámo-nos com o enorme beijo na boca.

- O que querias falar comigo? – Perguntei-lhe.

- Os meus pais vão-se mudar para semana que vem, para a Irlanda, e eu vou com eles …

- Estás-te a despedir…? – Digo com uma lagrima ao canto do olho.

- Sim, Kate desculpa… - Diz também quase a chorar.

- Não faz mal, para a semana isto ia acabar por acontecer… - Disse num tom frio.

Começo a chorar e o Alex envolvendo-me num abraço disse:

- Tu és uma rapariga muito bonita, tu vais conseguir encontrar alguém que te faça feliz…

Ficamos mais uns minutos abraçados. 
Deu-me um beijo na bochecha e foi-se embora, passado um bocado sequei as lagrimas e subi no elevador em direcção ao quarto onde estava a Sarah.
Entrei cabisbaixa.

- Está tudo bem, parece que estiveste a chorar… - Perguntou-me preocupada.

-- (Sarah) --

- Han?! Não... La embaixo é que está mais frio... - Inventou uma desculpa qualquer, mas aqueles olhos vermelhos e húmidos das lagrimas não me enganavam.

- E desde quando choras por causa do frio?! Kate... Não venhas fazer da tua irmã mais velha, uma parvinha! A conversa não correu bem?! Foi isso?!

- A sério Sarah, agora não, não venhas com as tuas piadas secas, não estou com paciência!

- Autch... Desculpa... Olha enquanto esse teu feitiozinho não acalma eu vou só ali fazer uma coisa e já falamos!  - Sai do quarto deixando a Kate deitada sobre a sua cama virada para a parede.

Caminhei pouco no corredor do Hotel até chegar à porta do quarto onde o Pedro estava. Bati á porta e esperei que alguém a viesse abrir.

- Sarah?! - Perguntou o Pedro espantado. - Que fazes aqui?!

- Oh, é a Kate... Preciso da tua ajuda!

- Minha?! Hum... No que poder ajudar... Mas que tem a Kate?!

- Ela esteve a chorar. Ateima que não, mas vê-se a léguas que sim, e eu não gosto de vê-la naquele estado, mas também não sei o que posso fazer. Estou desesperada Pedro. - Disse levando as mãos á cabeça.

- Ei! Calma! - Disse ele aproximando-se de mim, agarrando-me nos ombros. - Lembras-te de quando nos eramos pequenos?! E a meio das nossas brincadeiras a Kate se chateava connosco e fugia para o quarto?! Depois nos íamos la sempre anima-la com biscoitinhos e uns bons filmes...

- EH ISSO PEDRO! És um génio! - Abracei-o forte depois de lhe ter depositado um beijo na bochecha. - Como é que eu não me lembrei de isso antes, sempre resultou!

- Nada como as boas recordações de uma infância. Vamos la abaixo buscar algo para comer e já lá vamos tratar dessa menina.

Descemos as escadas do Hotel, entramos na cafetaria, pegamos nuns aperitivos, nuns refrigerantes e voltamos a subir. Batemos á porta do nosso quarto e nenhum som se ouviu, pensamos que ela já estivesse a dormir mas simplesmente continuava deitada, desta vez de barriga para cima, perdida nos seus pensamentos.

- Pedro?! O que estas aqui a fazer?! - Interrogou-se voltando-se para nós uns breves instantes.

- Que achas miúda?! Nem penses que vais ficar ai a deprimir!  Viemos animar-te!

- Outro não! Sério, não me levem a mal, mas hoje não estou com cabeça.

- Trouxemos comida! - Disse eu largando os aperitivos e refrigerantes em cima da cama da Kate. - Pedro, põe o filme!

- Já está a jeito! - Disse ele trazendo o portátil para cima da cama também. Colocou-o bem á frente e de seguida, cada um de nos se sentou de um lado da Kate, deixando-a no meio.

- Seus loucos, o que estão a fazer?! - Perguntou a Kate desorientada do nosso plano.

- Tal como nos velhos tempos... - Disse o Pedro colocando um braço a volta da Kate.

- ... Era disto que estavas a precisar! - Conclui a frase do Pedro pondo um braço também a volta dela.

A Kate levantou os seus dois braços e entrelaçou-nos num abraço apertado, puxando-nos para ela.

- Oh seus lindos... Obrigada... – Dizia emocionada. - O que seria de mim sem vocês?!

Fomos ver o filme, e a meio a Kate adormeceu, eu e o Pedro tiramos o filme, arrumamos a comida que sobrou sem fazer um único barulho para não a acordar, despedi-me dele, tapei a Kate e fui dormir também.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Capitulo 5 - Depois do que Aconteceu Ontem


-- Kate --

Eram 08h:00 quando começo a ouvir: 


Era o som do meu telefone, levantei-me para o ir buscar, e vi que era o pai a ligar-me. Atendi e pedi que espera-se um pouco. Fui acordar a Sarah que dormia profundamente. 

- O pai está ao telefone e quer falar connosco sobre a ida a casa do tio Paul... - Disse abanando o seu braço. 

A Sarah acordou toda espantada e contente pelo pai ter ligado.

- Vá vamos falar com ele… - Disse levantando-se e sentando-se na minha cama ao pé do telefone que estava em altifalante.

- Olá paizão tudo bem por ai? – Dissemos em coro.

- “Sim, meus amores, então estão a gostar de estar ai?”

- Sim, estamos a amar.

- “Ainda bem que estão a gostar, porque vão gostar ainda mais quando forem para casa do tio paul hoje á tarde…”

- Hoje já, obrigado paizão és o maior, já pediste autorização aos professores?

- “Claro que sim minhas lindas, a mãe manda beijinhos para as duas, olhem agora o pai tem de desligar, boa estadia em casa do tio paul, mandem-lhe comprimentos aqui do irmãozinho”

- Adeus pai, até á próxima gosta-mos muito de ti.

Desliguei o telefone.

A Sarah deitou-se na minha cama, enquanto eu fui tomar banho rapidamente, já que era o ultimo dia no hotel antes de irmos para a casa do tio paul. Pedi a Sarah para que prepara-se a minha roupa e a dela antes de ir tomar banho.

Roupa utilizada pela Kate
Roupa utilizada pela Sarah


















Despachamo-nos, fizemos as malas, e descemos para tomar o pequeno-almoço, comemos e os professores responsáveis começaram a distribuir o plano para o dia de hoje, o professor deu-nos um plano e disse:

- Menina Kate e menina Sarah, vocês têm autorização para sair hoje á tarde depois do passeio.

- Obrigada. - Dissemos as duas em coro.

- Autorização para sair á tarde!? – Interrogou-se o Pedro espantado

- Sim, nós vamos passar o fim-de-semana a casa do nosso tio. - Disse a Sarah entusiasmada.

Afastei-me, pensando que precisassem de uma conversa depois do que aconteceu ontem…

-- Sarah --

Fixei o meu olhar na Kate, vendo-a afastar-se. Esperei que o Pedro não me tivesse mais nada a dizer. 
Respirei fundo, sem nunca voltar a olha-lo. Ia para dar o primeiro passo quando ouço a voz do Pedro.

- Diz-me que não te vais embora por causa do que aconteceu ontem? – Perguntou preocupado e sentindo culpa.

- Não! Não, nada disso.

- Hum… - Baixou a cabeça não muito convencido.

- Ok, ok… - Fez-se de acordo, mas sentiu triste. Começou a caminhar em direcção ao autocarro que já aguardava os alunos há entrada do hotel. Em passos largos e apressados alcancei-o, passando-lhe há frente, puxando-lhe pela mão.

- Anda! – Disse puxando-o para fora do hotel. – Kate, importas-te que hoje não vá contigo na viagem? – Perguntei há minha irmã, sem nunca largar a minha mão da do Pedro.

- O QUÊ?! – Disseram os dois em simultâneo. 

- Hum… Já estou a perceber… Claro, claro, vão lá. – Disse a Kate risonha fazendo olhinhos para ambos.

Continuei a puxar o Pedro até há porta do autocarro, onde já estava uma das professoras que marcou os nossos nomes e nos deu permissão para entrarmos. Fomos andando pelo corredor do autocarro, ainda vazio, escolhendo um lugar mais para o fundo, mas não tanto. O Pedro sentou-se 1º, fazendo-o, com que ficasse há janela, ele sabia que eu enjoava naquele lugar. Sentei-me em seguida a seu lado. 

- Não percebo… - Dizia ele confuso, encarando-me sério. – Desde pequenos que tento ir ao teu lado, e só consegui nas vezes em que a Kate faltava ou ficava doente. Sempre fizeste tudo com a tua irmã.

- Pois é Pedro. Tu melhor que ninguém sabes que eu e a Kate somos inseparáveis, mas tu, também já devias saber melhor que ninguém que és o melhor amigo e jamais deixarei que algo aconteça a esta amizade. 

- Eu sei, desculpa, é só que … Eu não te quero perder, e estou com a sensação que a partir de ontem as coisas não vão ser mais as mesmas. – Disse receoso.

Começaram a entrar os alunos. 

- Confias em mim? – Perguntei-lhe séria, colocando a minha mão sobre a sua, que estava apoiada sobre o “braço” amovível do banco do autocarro. 

- Que pergunta é essa Sarah?! Claro que sim! 

- Então… - Encostei a minha cabeça sobre o seu ombro. - … Confia quando te digo que nada nos separará.

domingo, 30 de dezembro de 2012

Capitulo 4 - Coração Aberto

-- (Kate) --

Peguei na minha mala e esperei pelo Alex que tinha ido á casa de banho. Assim que o vi sair do pequeno corredor que dava acesso aos Wc aprecei o passo e dirigi-me a ele.

- Está tudo bem? – Perguntou percebendo que se passava algo.

- Não sei. A minha irmã não parece bem, vou saber o que se passa. Tenho mesmo de ir. – Respondi um pouco triste.

- Oh… Pensei que ficasses mais um pouco. – Disse o Alex desanimado, agarrando-me pela cintura.

- Desculpa, sabes que eu não me importava de ficar, mas a minha irmã não está bem, e eu não ia ficar aqui descansada, desculpa.

- Não faz mal, eu compreendo. – Disse beijando-me apaixonadamente o que me deixava K.O. – Espero que não seja nada de grave.

- Eu também. Obrigada pela noite. – Voltei a beija-lo.

- Vemo-nos amanhã?

- Claro. – Sorri, e demos um último beijo. Aprecei o paço até há porta.

-- (Sarah) --

Sai do bar desejosa de acabar aquela noite, e voltar para o hotel o mais depressa possível.

- Não te vais já embora por minha causa pois não? – Perguntou o Pedro seguindo-me até há rua.

- Não… Achas… Não! Nada disso… - Disse nervosa. – Eu estou cansada, é só isso.

- Hum… - Disse não lá muito convencido. – Então espera, que vou só pegar o casaco e vou contigo.

- Não é preciso!

- Eu acompanho-te ao hotel, é na boa. Não quero que vás sozinha.

- É na boa a Kate já deve estar aí a aparecer… - Dito isto ela apareceu. Agradeci a Deus por tê-la feito aparecer na hora H.

- Desculpem a demora, mas estava-me a despedir… Já aqui estou! Vamos?

- Não tem mal. Sim vamos. – Entrelacei o braço da Kate ao meu e comecei a andar.

- Boa noite Pedro. - Disse-lhe a Kate, acenando-lhe.

Chegamos ao Hotel, subimos sem fazer muito barulho e entramos no quarto. Pousei a mala para um canto e retirei o casaco mandando-o para cima da cama.

- Já me vais contar o que é que se passou? Vieste o caminho todo calada, Estou preocupada, não costumas ser assim.- Disse a Kate surpreendida.

- Eu e o Pedro estivemos a falar e ele disse que me amava.- Disse eu super envergonhada.

Tentou conter o riso mas não conseguio.

- Não gozes, achas que tem piada.- Disse um pouco chateada.

- Eu já sabia, aliás eu sempre soube.- Disse a Kate ainda entre risinhos.

- Como!?- Disse eu surpreendida.

- Primeiro, ele estava sempre mais tempo contigo, Segundo os ciúmes, e terceiro a mulheres percebem essas coisas maninha.- Disse a Kate mais séria.

- Vá vamos dormir que já é muita informação para hoje.- Disse eu confusa.

Foi vestir o pijama á casa de banho enquanto a Kate ficou a pendurar os casacos nos armários. Passado um pouco saio, e ela entra para se vestir.

- Good night, Sarah.- Disse a Kate a entrar dentro da cama e a pousar a cabeça na almofada.

- Boa Noite para ti também maninha.- Disse apagando a Luz.

Deitei-me a pensar no Pedro, mas entre pensamentos acabei por adormecer.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Capítulo 3 - Amor não Correspondido


-- (Kate) --

Todos conversávamos alegremente quando começou a tocar uma música do agrado de todos nós.

- Kate… - Chamou-me o Alex. - … Queres ir dançar?

- Eu?! – Senti-me a corar ligeiramente. Olhei para a minha irmã sem saber o que responder, mas esta limitou-se a encolher os ombros deixando-me na mesma. Acabei por aceitar. – Hum… Ok. 

Ele estendeu-me a sua mão e eu agarrei-a, fazendo-me levantar da cadeira.

- Não vais dançar Sarah? – Perguntou-lhe o Mário animado, enquanto abanava a sua cabeça ao som da música.

- Ah… Não… Não tenho lá muito jeito… - Disse a Sarah.

- Anda! Eu ensino-te! – Insistiu estendendo-lhe a mão.

- A sério, deixa estar. Vai tu. – Sorriu-lhe nervosa.

- Oh anda lá… - Pediu já agarrando no braço da Sarah tentando levantá-la.

- Não a ouviste?! Ela não quer ir, não insistas! – Disse o Pedro impaciente.

- Pára de ser cota meu! E não te metas, isto é entre mim e ela… Vem lá Sarah… Só esta! – Disse uma última vez, desta vez levantando a Sarah e arrastando-a para a pista de dança. 

Depois daquela música a Sarah e o Mário foram se sentar, enquanto eu e o Alex continuamos na pista de dança, já com uma música mais calminha, ele pôs as mãos na minha cintura e eu os meus braços sobre os seus ombros, passado um bocado começamo-nos a aproximar tanto que eu conseguia sentir a respiração dele perto de min, passados alguns segundos demos um beijo longo e profundo, parecíamos estar só eu e ele naquela pista de dança. Senti que a Sarah, o Pedro, e o Mário nos olhavam atentamente.

- Nem acredito que nos beijamos. - Disse eu.   

- Porquê, não gostaste? - Perguntou um pouco triste.

- Claro que gostei, não sejas parvo. – Respondi com um sorriso tímido, dando-lhe um outro beijo, fazendo-o esboçar um sorriso.

- Mas sabes que isto não é para sempre, daqui a uns dias volto para Portugal. - Disse voltando a tirar-lhe o sorriso da cara.

- Hum… ok. - Disse um pouco triste podia-se notar no olhos dele.

Continua-mos a dançar agarradinhos um ao outro para aproveitarmos cada minuto que aquela noite tinha para nós.

-- (Sarah) --

O Mário foi pedir outra cerveja deixando-me a sós com o Pedro. Antes de o Mário voltar, o Pedro levantou-se dirigindo-se á casa de banho. Nisso volta o Mário que se senta numa cadeira vaga a meu lado. 

- Então babe… Já te cansaste?

- Um pouco, mas vai tu, e aproveita. Diverte-te.

- Eu até ia, mas sem ti não tem piada. – Dizia ele chegando-se a mim.

- Oh, não digas disparates.

- Não são disparates, é a verdade! – Cada vez se ia aproximando mais. Começou a inclinar o seu corpo sobre o meu, o que me estava a deixar desconfortável. Entretanto aparece o Pedro que não achou muita piada a aproximação que o Mário tinha sobre mim naquele momento e reparou que eu também não estava a achar piada, e entreviu. 

- Já é a 2ª hoje, qual é o teu problema, meu? – Disse o Mário chateado.

- Não vês que a estás a chatear… Anda Sarah… - Disse o Pedro puxando-me pelo braço para fora do bar.

- Porque é que fizeste aquilo, eu sei-me defender sozinha! - Disse largando-me do Pedro, já na rua.

- Tu ainda não percebeste, pois não... - Disse o Pedro indignado levando as mãos há cabeça.

- Mas perceber o quê?! Pedro, nós já nos conhecemos há anos e eu nunca conheci esta tua versão… Esta noite estás estranho, aliás, demasiado estranho… Podes-me explicar o que se passa?! 

- Não gostei da maneira como ele te estava a tratar…

- Eu sei que não é só isso, fala comigo Pedro. – Comecei a ficar preocupada.

- Eu gosto de ti desde que me lembro. - Disse o Pedro ficando envergonhado.

- Sim… Eu também gosto muito de ti…

- Espera… Deixa-me terminar. – Interrompeu-me lançando um suspiro. – Mas já de algum tempo para cá que deixei de te ver só como uma irmã…

- Pedro… O que é que queres dizer com isso?! – Comecei a ficar confusa. Achava que já estava a perceber onde ele queria chegar com toda aquela conversa, apesar de não estar a gostar muito, pois ele para mim era como um irmão, o irmão que eu e a Kate nunca tivéramos. Não queria que a nossa amizade acaba-se por causa disto.  

- Ainda não percebes-te… EU AMO-TE SARAH. - Disse aumentado um pouco mais o volume da sua voz.

- Eu acho que devia ir ver da Kate… - Tentei mudar de assunto, desorientada, preparando-me para voltar a entrar no bar. Quando o Pedro me puxa para ele. 

- Eu sei que não devia ter dito isto, desculpa. – Disse ele baixando a cabeça envergonhado.

Levei a minha mão á sua cara fazendo-lhe uma pequena festa no seu rosto. Elevei-lhe o seu olhar fazendo-o ir de encontro ao meu.

- Não tens de pedir desculpa Pedro. – Mordi o lábio. – Essas coisas não se escolhem… Simplesmente acontecem… - Voltei a morder o lábio, desta vez quem baixou a cabeça envergonhada fui eu.

- Mas eu não quero que isto atrapalhe a nossa amizade, a sério Sarah, eu gosto de mais de ti para te perder de qualquer maneira. – Parecia desesperado.

- Calma… Ninguém vai perder ninguém. – Fiz-lhe um sorriso simpático. – Conhecemo-nos desde que me lembro, já nada nos separa. Aconteça o que acontecer em primeiro somos amigos, certo?

- Hum… certo. – Disse com falhas na voz. Abracei-o.

- Desculpa Pedro. – Disse triste, com a minha cabeça no seu pescoço.

- Porque estás a pedir desculpa? – Perguntou abraçando-me com força. Senti-me bem.

- Porque… Porque eu juro que gostava de gostar de ti como tu gostas de mim. Tu és incrível, sempre estiveste lá para mim e para a minha irmã, sempre fizeste tudo por nós, … mereces ser feliz, … eu quero que sejas. – Não aguentei a tristeza e comecei a chorar abraçada a ele, dizendo já as ultimas frases entre soluços.

- Não chores… - Pedia-me ele passando a sua mão pelos meus cabelos. – Eu sou feliz. Tenho as melhores amigas do mundo, estou em Londres, o que posso pedir mais?

- Alguém que te ame como tu mereces.

- Eide encontrar, a vida não acaba hoje. Eu não te posso obrigar a gostares de mim, nem quero, se alguém tiver de gostar que seja por ela, e não por obrigação.

- Porque é que és tão perfeito?! Odeio só te conseguir ver como um irmão. – Abracei-o ainda mais forte.

- Oh minha tontinha… - Ele sorriu. – Vamos mas é aproveitar a noite, sim? – Disse desencostando-me dele, passando os seus dedos pelas minhas lágrimas. Esforcei-me para retribuir um sorriso. Eu percebi que ele não estava bem, que se estava a fazer de forte mas no fundo se sentia magoado. Não sabia o que fazer. Decidi esperar pelo dia de amanhã e ver como as coisas iriam correr.

Voltamos para o bar que continuava muito animado.

-- (Kate) --

- Estava a ver que nunca mais! Onde é que se meteram? – Perguntei preocupadíssima assim que Sarah e o Pedro entraram no bar.

- Fomos só lá fora apanhar ar, já cá estamos. – Respondeu-me a Sarah.

- Não voltem a fazer isso! Fiquei preocupada, pensei que me tinha deixado aqui sozinha, num bar de Londres, onde não conheço nada…

- Sim… sozinha… - Brincou o Pedro fazendo um olhar malicioso, percebi que se estava a referir ao Alex. Corei. 

- Não faças dramas, tu desenrascavas-te bem. – Disse-me a Sarah muito secamente indo em direcção há nossa mesa. Fui atrás dela.

- Ei?! Passou-se alguma coisa?

- Mais ou menos, falamos no hotel, pode ser? – Disse meio abatida. 

- Estiveste a chorar Sarah? – Comecei a ficar seriamente preocupada.

- A sério, falamos quando chegarmos ao hotel. – Voltou a dizer, desta vez já com o casaco vestido. – Para mim a noite já acabou, vou indo.

- Espera, dá-me 5 minutos que eu vou contigo. – Pedi-lhe.

- Ok, espero-te lá fora.

domingo, 2 de dezembro de 2012

Capítulo 2 - Paixão à Vista



-- (Sarah) --

Eram 7h15 quando começo a ouvir: 



Era o som do meu despertador. Deixei-me ficar mais 5 minutos e decidi levantar-me. Fui acordar a Kate que dormia profundamente.

- Kate… - Chamava-a enquanto lhe abanava o braço. – Mana…

- Hã… Que é… - Resmungava ela debaixo dos lençóis. 

- Tens de te levantar, que temos de estar lá em baixo às 8h para o pequeno-almoço. Vou tomar banho, quando eu sair vais tu. 

Escolhi a minha roupa e levei-a para a casa de banho. Tomei um duche rápido e em 15 minutos estava despachada.


Roupa utilizada pela Sarah

Saí do quarto e a minha irmã continuava debaixo dos lençóis, voltei a chama-la. Depois de várias tentativas lá se levantou e se dirigiu à casa de banho.


Roupa utilizada pela Kate

Pouco tempo antes das 8h estávamos ambas despachadas e fomos descendo para nos juntarmos ao resto dos alunos e professores que nos aguardavam perto da recepção. Depois de terem chegado todos os alunos encaminhamo-nos para o restaurante do hotel onde já nos esperava um belo pequeno-almoço. Tomamo-lo calmamente enquanto os professores nos distribuíam o plano do dia. Para hoje estava-nos reservado Os jardins reais (Royal Botanic Gardens) e o British Museum. Dadas as coordenadas e informações necessárias, começaram a encaminhar-nos para o autocarro escolar. Chegado ao autocarro sentei-me com a minha irmã e ao nosso lado iam o Pedro e o Mário, passados 45 minutos de caminho chegamos aos Royal Botanic Gardens, quem nos guiou durante aquela visita de estudo foi Stephen Hopper o director dos Royal Botanic Gardens. Já era 13h:00 da tarde e fomos almoçar de seguida fomos ao British Museum, onde passamos o resto da tarde. Já se via o sol a pôr-se quando chegamos ao hotel. Deram-nos uns minutos antes do jantar. Eu e a Kate aproveitamos para irmos descansar. Subimos ao quarto e lançamo-nos para cima das camas. Alguns minutos de silêncio e eu confesso que não tardava muito para adormecer se não fossemos interrompidas com o toque do meu telemóvel.

- Estou sim?! – Perguntei atendendo e pondo o telefone em altifalante.

- “Filhas… Como estão as minhas princesas?” – Perguntou o pai babado do outro lado do telefone.

- Oi Paizinho… Estamos bem, e por aí?

- “Tudo bem, muito trabalho, como sempre. E então? Estão a gostar do vosso 1º dia por Londres?”

- Muito. – Respondi satisfeita.

- “Ainda bem, a mãe está a mandar beijinhos mas agora não pode falar.”

- Para variar. – Disse revirando os olhos.

- “Não digas isso, sabes que ela gosta muito de vocês.”

- Sim claro… Olhe pai… Eu e a Kate estivemos a pensar… Será que seria possível, irmos passar o fim-de-semana a casa do tio Paul? É que já não o vimos há séculos, gostávamos de passar algum tempo com ele e ainda por cima é Páscoa.

- “É uma óptima ideia minhas lindas, mas sabem que o tio anda sempre muito ocupado, mas eu posso falar com ele a ver se é possível vos aturar.” – Tentou controlar o riso, mas consegui ouvir do outro lado da linha.

- Até parece! – Fingi indignada. – Mas obrigada paizinho… HÁ! Mais uma coisinha, será que podes a pedir autorização aos professores? Pleaseeeeeee… - Implorei.

- “Está bem, eu vou ver o que consigo. Amanhã volto a ligar.”

- Obrigada pai! És o maior. Adoramos-te. – Dissemos e deligamos o telefone. 

Voltamos deitar-nos quando somos surpreendidas com um batuque na porta. 

- Quem é? – Perguntamos as duas em simultâneo. 

- Posso? – Perguntou o Pedro, abrindo a porta e colocando a sua cabeça para dentro.

- Claro! – Respondi sorridente.

- Vinha-vos fazer uma proposta…

- Estou a gostar… Continua… - Disse a Kate com interesse.

- Vocês querem ir connosco depois do jantar a um bar aqui perto?

- CLARO! – Disse automaticamente a Kate. – Espera… Connosco? Connosco quem?

- Ah, eu e o Mário. Então Sarah? Vens? – Aguardou a minha resposta.

- Hum… Bar? Sabes que não sou muito dessas coisas…

- Pois sei, mas tu também sabes que eu sou igual, mas vá lá, estamos em Londres, temos de aproveitar, além do mais dizem que é um bar super tranquilo e agradável.

- Hum… és capaz de ter razão.

- Boa! Agora vamos jantar que estou cheia de fome. – Disse a Kate sempre muito enérgica.



Descemos e juntamo-nos aos restantes alunos e professores. 
Jantamos e os professores avisaram da noite livre. Voltamos a subir, arranjamo-nos.


Roupa utilizada pela Kate
Roupa utilizada pela Sarah


















Logo em seguida fomos para o bar. Quando chegamos há entrada, avistei um rapaz de estatura média que me parecia familiar virei a cara para a Kate que estava completamente surpresa.

- Aquele ali não é o Alex? O que é que ele está aqui a fazer? - Perguntou a Kate.

- Ele mora aqui perto, e foi ele que nos aconselhou este bar, e nos convidou para cá virmos hoje. - Responde o Pedro surpreso com reacção da Kate. 

Aproximamo-nos os 4 dele e cumprimentamo-lo deixando a Kate para o fim, que se estava a sentir envergonhada. Senti que ambos (O Alex e a Kate) o estavam. Entramos no bar que estava com um óptimo ambiente. Escolhemos uma mesa bem situada e aproximou-se de nós o empregado.

- O que vão beber? – Perguntou o jovem simpático.

- Para mim é uma cerveja. – Pediu o Mário.

- Outra p’ra mim. – Pediu também o Alex.

- Eu quero um cocktail de frutas. – Pediu a Kate.

- Outro para mim, mas de morango. – Pedi.

- Eu quero o mesmo! – Pediu por fim o Pedro.

O empregado anotou os pedidos e foi busca-los.

- És mesmo menina Pedro. – Provocou o Mário.

- Não lhe dês ouvidos. Eu gosto assim. 

- Estás a ficar corado… - Sussurrou a Kate ao Pedro depois de lhe ter dado uma pequena cotovelada. 

Por fim o empregado trouxe uma bandeja com os nossos pedidos e fomos servidos.